domingo, 18 de fevereiro de 2007

Judiciária investiga explosão em escola

Leonor Veloso
Castelo Branco

A Polícia Judiciária de Coimbra está a investigar a origem de um pequeno objecto que a GNR recolheu na sequência de uma explosão, ontem à tarde, na escola EB 2/3 de Idanha-a--Nova. O rebentamento não provocou feridos nem danos materiais relevantes.
O rebentamento, seguido de fumo, deu-se pelas 14. 40 numa arrecadação da escola, tendo sido de imediato evacuados cerca de 500 alunos, professores e funcionários que se encontravam no estabelecimento de ensino. A GNR de Castelo Branco foi chamada ao local e, de imediato, destacou a sua equipa de inactivação de engenhos explosivos da Guarda para averiguar as causas da explosão, tendo de seguida informado a Polícia Judiciária.
"Encontrámos um objecto de natureza explosiva, mas que não é de utilização comum, como uma garrafa de gás ou um spray, e a nossa equipa de inactivação de engenhos não conseguiu identificar a natureza do material, pelo que informámos a Judiciária que está já no terreno a investigar", afirmou ao DN o comandante do Destacamento Territorial da GNR de Castelo Branco, Capitão Brito, adiantando que a GNR já efectuou uma vistoria a todo o estabelecimento de ensino, não tendo encontrado mais nenhum vestígio de material explosivo.
"A escola estava a funcionar em pleno quando ouvimos a explosão. Accionámos de imediato o plano de emergência e avisámos a GNR e a evacuação da escola foi feita de forma ordeira e sem pânicos", avançou Paulo Frias, vice-presidente da EB 2/3 de Idanha, acrescentando que a arrecadação, contígua a várias salas de aula, onde habitualmente se guardam produtos de limpeza, se encontrava vazia quando se deu o rebentamento.
"Parecia uma porta a bater com muita força", contam algumas alunas do 9º ano, que estavam na aula de Francês quando se deu a explosão e que durante a tarde permaneceram no perímetro da escola. "Mandaram-nos sair sem grandes explicações e não corremos nem entrámos em pânico", contam, adiantando que, logo de manhã, acharam estranho "um cheiro a queimado que parecia pólvora de fogo de artifício".

Publicado no DN a 3 de Abril 2008
http://dn.sapo.pt/2008/04/03/cidades/judiciaria_investiga_explosao_escola.html